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terça-feira, 20 de junho de 2017
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Comentário de Lurdes Maravilha no FaceBook
Acabei agora de ler , este livro , lindo adorei obg Sr José Sobral , aconselho a lerem📚📚📚📚
terça-feira, 15 de abril de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Artigo escrito por José Sobral, no site do clube português de utilizadores de Cães-Guia.
CÃES-GUIA
PARA CEGOS DIABÉTICOS
Toda a gente já ouviu falar de Cães-guia. Estes maravilhosos
animais, apesar de não serem pretendidos por muitas das pessoas cegas, alguns
simplesmente porque não gostam de cães, outros ainda porque as suas vidas, por
qualquer motivo, não são compatíveis com isso, outras ainda porque não podem,
ou não têm, as condições mínimas que um animal com estas características
necessita.
Mas para aqueles que os utilizam, esse facto faz a diferença
na autonomia e integração social, que têm no seu dia-a-dia.
Neste lote incluem-se os cegos Diabéticos, que apesar das
restrições que a sua doença lhes exige, ficam a outro nível, mais beneficiados.
Perguntará o leitor,
porquê mais beneficiados?
Porque uma das várias complicações inerentes da Diabetes, é
a Neuropatia, o chamado “pé diabético”, problema que afecta gradualmente, os
membros inferiores, começando nos pés “zona plantar” e que pode alastrar a toda
a perna, pela gradual perca de sensibilidade, e porque qualquer ferida aí
existente, pode não cicatrizar e reverter-se em gangrena, e até em amputação. Esta
problemática é originada pela alta pressão arterial reflectida nos pequenos
vasos sanguíneos, aumentada pelos tratamentos insulínicos prolongados,
infelizmente ainda a única solução que os Diabéticos Tipo 1, têm para compensar
assim os desníveis de glicémia, e sobreviver.
Ainda se pode juntar a todo este quadro, deformações ósseas
originadas também, pela má irrigação a que o “pé diabético” está sujeito.
Por tudo isso, um Cão-guia entregue a uma pessoa Diabética,
para além de ter de possuir um temperamento ainda mais calmo, deverá ser um
exemplar que possua um maior, e criterioso treino, em situações específicas,
que possam evitar pôr em risco a integridade dos membros inferiores do seu
utilizador.
E quais são esses
critérios?
O Cão-guia deverá assinalar desde o ínfimo desnível no solo,
quer seja por degraus ou passeios, como também buracos ou quaisquer saliências,
que possam dar simplesmente origem a torções nos pés do utilizador, ou outros
acidentes. O Cão irá também com o decorrer da habituação da dupla, aperceber-se
que deverá ter mais atenção, quando o piso se encontra molhado pela chuva, que
provoca no Diabético, menores capacidades de aderência e equilíbrio.
O Cão-guia deverá dar, sempre que exista, uma rampa como
alternativa a uma escada.
Ao iniciar a descida de uma escada, para além de dar o
primeiro degrau, posicionando as patas dianteiras no primeiro desnível, como
todos os Guias fazem, o Cão deverá encostar o utilizador o mais possível à
direita, ao corrimão ou parede limítrofe dessa mesma escada, caso
exista, isto para melhores, percepção e consequente equilíbrio do Diabético na
sua descida.
Na entrada dos transportes públicos, como comboios,
autocarros, aeronaves etc. o Cão-guia deverá parar sempre, para que o
utilizador possa sentir apoio com a sua mão direita, tacteando esse acesso, e
evitando se magoar, por exemplo, no espaço que medeia a plataforma e o comboio,
o degrau do autocarro e a distância que este tem ou não, do passeio, da junção
da manga à aeronave, etc.
Para além destas especificidades no treino do Cão, o
utilizador também deverá ter em atenção algumas regras base.
Quais são essas
regras?
A primeira regra base, do Diabético, será obviamente mater
controlada a sua própria Diabetes. Sempre que consiga antever sintomas de
hipoglicémia, o Diabético deverá estabilizá-la antes de sair com o seu Cão-guia.
Quando a sentir a meio de um percurso, deverá descansar na
primeira paragem possível, e aí estabilizá-la, ingerindo um pacote de açúcar,
e/ou por exemplo, comendo algumas bolachas, que deverá trazer sempre consigo.
E porquê estabilizar a
sua hipoglicémia?
Porque a baixa glicémia no Diabético, pode dar origem,
dependendo do indivíduo, a falta de forças, arritmias, perca momentânea das
faculdades cognitivas, e até desmaios.
O Diabético deverá sempre usar meias, para se proteger da
fricção dos sapatos ao caminhar, e por sua vez os sapatos deverão ser
confortáveis, sem serem apertados, sem costuras ou outras saliências que possam
originar feridas nos pés. Sempre que existir necessidade de fazer grandes
caminhadas com o seu Guia, estes obséquios terão de ser redobrados.
O cego Diabético deverá conhecer muito bem os percursos que
faz com o seu Cão, tendo em atenção, zonas em que existam pequenos arbustos,
redes, ou qualquer outro factor que o possa ferir ao nível dos seus membros
inferiores, estando sempre alerta para um imediato esquivar do Cão a qualquer
outro obstáculo que surja no trajecto normal.
O Diabético deverá ter muita atenção, nos sinais dados pelo Cão,
em situações como a presença de outros cães que possam surgir soltos na via
pública, e que possam prejudicar o trabalho do seu Cão-guia, originando a sua distracção,
de maneira, a que isso possa levar o Diabético a embater em algo que o possa
ferir.
O Diabético deverá ter cuidado, nos tempos de lazer com o seu
Cão, pois as brincadeiras deste, por vezes apesar de inofensivas, incluem as
suas patinhas e unhas, que podem ferir o utilizador Diabético nas pernas ou
pés, que pela sua insensibilidade local, poderá não dar logo por isso, com as
más consequências possíveis.
Concluie-se então, que um cego Diabético beneficiará da
utilização de um Cão-guia, se levar em conta os cuidados acima referidos, ou
quaisquer outros omissos, mas que o salvaguardem sempre de uma situação
melindrosa para a sua saúde, porque estará à priori, sempre protegido pelas
decisões inteligentes, deste magnífico amigo, de quatro patas, não esquecendo
nunca a força anímica e a integração social que um companheiro inseparável como
o Cão-guia, origina a qualquer cego seja ele Diabético ou não.
José Sobral- Fevereiro
2007
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
sábado, 15 de setembro de 2007
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